Posted domingo, 8 de maio de 2011 by Andréia
Olá pessoas!
Bom... meu aniversário é essa semana... dia 12... e geralmente nessa época "pré-aniversário", querendo ou não, a gente faz uma avaliação do que vivemos... às vezes do que não vivemos ("A vida inteira que podia ter sido e que não foi", como disse Manuel Bandeira)... Pois bem, estava eu relembrando o primeiro pé na bunda que levei (ain... que foi homérico... depois de dois anos de namoro!). Eu estava na cozinha da casa dele (ele morava com os pais) conversando com a mãe e com a irmã dele (conversando é eufemismo, tava me descabelando sem entender o que estava acontecendo). Eis que minha ex-futura sogra diz o seguinte:"Eu falei para ele que não entendo pq ele vai trocar uma Andréia de touro por outra!" Desafortunio dos desafortunios... a dita cuja se chamava Andréia e tinha o mesmo signo que eu! Oo
Na hora eu fiquei indignada... não existe Andréia de touro melhor que eu! kkkkkkk
Mas agora passado o tempo... passada a dor de cotovelo... agora que a vida me ensinou muitas coisas eu estava analisando o que minha ex-futura sogra me disse. Reflete bem a diferença entre duas gerações... a geração de nossos pais é mais prática... mais objetiva e mais feliz! Eles não ficam perdendo tempo analisando, pensando se aquela pessoa é a "certa" ou não. Eles simplesmente aceitam o outro do jeito que o outro é...
Pelo menos amorosamente eu percebo que as gerações mais velhas são mais felizes... affffff... a gente pensa demais... espera demais do outro... exige que o outro se transforme no que nós idealizamos. E aí reside o princípio de todos os problemas, todos os conflitos e quase todas as tristezas... Como cantou tão bem nosso saudoso Renato Russo: "Digam o que disserem/O mal do século é a solidão/ Cada um de nós imerso em sua própria arrogância/Esperando por um pouco de afeição"
Talvez se nós conseguíssemos aceitar o outro como ele é, sem tentar mudá-lo... (isso como regra geral... uma atitude de todos os seres humanos) sofreríamos bem menos. A energia que usamos tentando mudar o outro... gastaríamos amando-o!
A conclusão que eu tiro disso tudo é que as gerações mais antigas mesmo sem todo o conhecimento que a nosso possui é muito mais sábia e sabe levar a vida bem melhor!
Posted sábado, 7 de maio de 2011 by Andréia
Olá pessoas!
Eu gostaria de "abrir" esse blog expondo o objetivo dele... pois bem... esse blog é para eu expor minhas iDÉIAs (idéias da Déia :)
E "Cada ser humano carrega em si o Universo" podem esperar muita coisa de mim... coisas "várias e diversas"! E gostaria também de saber a opinião de quem ler o que eu postar... Não basta ler, tem que comentar! rsrsrs
Para começar vou deixar um poema que gosto muito!

Mundo grande - Carlos Drummonde de Andrade
Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,
por isso me grito,
por isso freqüento os jornais, me exponho
cruamente nas
livrarias:preciso de todos.

Sim, meu coração é muito pequeno.
Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.
Mas também a rua não cabe todos os homens.
A rua é menor que o mundo.
O mundo é grande.

Tu sabes como é grande o mundo.
Conheces os navios que levam petróleo e livros,
carne e algodão.
Viste as diferentes cores dos homens,
as diferentes dores dos homens,
sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso
num só peito de homem...sem que ele estale.

Fecha os olhos e esquece.
Escuta a água nos vidros,
tão calma. Não anuncia nada.
Entretanto escorre nas mãos,
tão calma! Vai inundando tudo...

Renascerão as cidades submersas?
Os homens submersos-voltarão?
Meu coração não sabe.
Estúpido, ridículo e frágil é meu coração.
Só agora descubro
como é triste ignorar certas coisas.
(Na solidão de indivíduo
desaprendi a linguagem
com que homens se comunicam).

Outrora escutei os anjos,
as sonatas, os poemas, as confissões patéticas.
Nunca escutei voz de gente.
Em verdade sou muito pobre.

Outrora viajei
países imaginários, fáceis de habitar,
ilhas sem problemas, não obstante
exaustivas e convocando ao suicídio.

Meus amigos foram às ilhas.
Ilhas perdem o homem.
Entretanto alguns se salvaram e
trouxeram a notícia
que o mundo, o grande mundo está
crescendo todos os dias,
entre o fogo e o amor.

Então, meu coração também pode crescer.
Entre o amor e o fogo,
entre a vida e o fogo,
meu coração cresce dez metros e explode.
-ó, vida futura! Nós te criaremos